A iniciativa, considerada uma afronta pelo governo chinês, tem um motivo.
A China, que mantém um controle rígido das empresas de internet, possui uma lista secreta de palavras que não podem ser pesquisadas. Uma delas, por exemplo, é Jiang – nome do ex-presidente Jiang Zemin. Se um internauta buscar o termo, o provedor de internet intercepta o IP e o proíbe de acessar o Google por um período de um minuto. Ou mais.
Por causa desse problema, o Google tem recebido muitas reclamações de usuários chineses e ficado com fama de buscador que “não funciona”. Além disso, vê sua participação de mercado cair – em 2009, a empresa tinha 36% do mercado de buscas chinês; agora, tem apenas 17%.
Para tentar reverter essa situação, a empresa está avisando que alguns termos buscados, como Jiang, podem causar problemas de conexão. A informação aparece antes da pesquisa ser concluída. Assim, a empresa espera que os usuários entendam que o problema não é o serviço do Google, mas da censura do governo da China.
O aviso é exibido para buscas feitas com milhares de palavras. O Google conseguiu organizar essa lista a partir dos relatos do usuários e, também, com os problemas que acontecem quando uma busca não funciona.
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